Hereditariedade ligada aos cromossomas sexuais

Recordando as experiências de Mendel, este considerou ser indiferentes realizar-se um cruzamento direto ou recíproco, pois os resultados eram iguais. Já Morgan comprovaria que isto nem sempre se pode assumir à partida.

Morgan seguiu o procedimento seguinte:

1.       Obter linhas puras de uma espécie de moscas da fruta (Drosophila), uma de olhos brancos (alelos WW, W - white) e outra de olhos vermelhos (W+W+, W+ - selvagem/ vermelho);

2.       Efetuar cruzamentos diretos (fêmea de olhos vermelhos com macho de olhos brancos) e cruzamentos recíprocos (fêmea de olhos brancos com macho de olhos vermelhos).

Os resultados encontram-se na tabela seguinte:

Cruzamento direto	Cruzamento recíproco
Machos 100% vermelhos	Machos 100% vermelhos
Fêmeas 100% brancas	Fêmeas 50% brancas e 50% vermelhas

O cruzamento recíproco parece, assim, não respeitar as leis de Mendel.

A solução para este problema encontra-se no local onde os alelos que determinam esta caraterística estão: no cromossoma sexual X. Estas caraterísticas, que dependem do cromossoma X, têm o nome de caraterísticas ligadas ao sexo.

Através de um esquema é fácil compreender as diferenças observadas, sabendo que o alelo W+ é dominante sobre W e que os machos apenas têm um cromossoma sexual X, e que o Y não é seu homólogo.

A experiência com as drosophilas (http://www.accessexcellence.org/)

Assim, obtém-se uma exceção às leis de Mendel, mas um argumento a favor da teoria cromossómica da hereditariedade.

O vídeo seguinte resume a transmissão de caraterísticas associadas aos cromossomas sexuais.

https://www.youtube.com/watch?v=9lHPAQs30EQ