O número superior de genes em relação ao número de
cromossomas implica que existam vários genes no mesmo cromossoma.
Os genes que se encontram no mesmo cromossoma e aí se
dispõem linearmente têm o nome de genes ligados fatorialmente ou em linkage e
constituem um grupo de ligação fatorial.
Quando se segue o procedimento de Mendel, para casos de
di-hibridismo, obtém-se o seguinte:
·
A primeira geração coincide com os resultados
obtidos em di-hibridismo, pois todos demonstram as duas caraterísticas
dominantes;
·
A segunda geração assemelha-se não à segunda
geração de di-hibridismo, mas sim à segunda geração de monoibridismo (proporção
de 3:1).
Experiências de Morgan com as drosophilas (http://vignette1.wikia.nocookie.net/)
Assim pode-se concluir que:
Os genes situados no mesmo cromossoma (ligados
fatorialmente) transmitem-se à descendência em conjunto. Este caso é, mais uma
vez, uma exceção às Leis de Mendel, mas mais um argumento que suporta a teoria
cromossómica da herediteriedade.
Mesmo assim, nem sempre os genes ligados fatorialmente se
transmitem em conjunto. A ocorrência de crossing-over durante a meiose pode
levar à separação dos genes e, portanto, ao surgimento de novas possibilidades.
Mas este caso continua a não suportar as leis de Mendel, pois o número de
gâmetas que transporta genes resultantes de crossing-over é muito inferior ao
número de gâmetas que transportam genes ligados fatorialmente, pelo que as proporções
são diferentes das esperadas por Mendel.
Crossing over durante a meiose (http://media.web.britannica.com/)
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