Universo: Tudo o que existe, dentro e fora da Terra, é imensamente grande e também o podemos chamar de Cosmos.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Defesa não específica - imunidade inata

Neste tipo de mecanismos, a resposta é idêntica para agentes invasores diferentes, mesmo que não seja a primeira vez que o indivíduo é invadido pelo agente patogénico.

Primeira linha de defesa – barreiras físicas e químicas que impedem a entrada de seres estranhos

Pele
Primeira barreira química e mecânica.
Na epiderme ocorrem células mortas, células especializadas na pigmentação e células que asseguram a imunidade cutânea.
Pelos das narinas
Primeira barreira para microrganismos do ar.
Mucosas
Segregam muco que impede que os microorganismos se fixem às células. Também contém células especializadas na imunidade.
Secreções e enzimas
As glândulas sebáceas, sudoríparas e lacrimais segregam substâncias tóxicas para muitas bactérias.
Têm o mesmo efeito o ácido clorídrico do estômago e as enzimas do suco gástrico.


Segunda linha de defesa – utilizada quando os microorganismos ultrapassam a primeira barreira.

A segunda linha de defesa carateriza-se pela pela resposta inflamatória, resposta sistémica e cicatrização.
http://d2ni3bh4dzb2ig.cloudfront.net/content/embojnl/33/1/7/F1.large.jpg



Resposta inflamatória local e fagocitose
Visa inactivar ou destruir os agentes invasores.
Histamina – produzida no tecido atingido pelos mastócitos (diferenciação dos basófilos), dilata os vasos sanguíneos e aumenta a sua permeabilidade.
Quimiotaxia – migração direccional das células em resposta ao aumento da concentração de determinadas substâncias químicas no local afectado.
Diapedese – os neutrófilos e monócitos, que depois se transformam em macrófagos, deformam-se e atravessam as paredes dos capilares, em direcção ao tecido infectado.
Efeitos – edema (pelo aumento do fluido intersticial), rubor, calor (causados pelo maior afluxo sanguíneo) e dor (devido à distensão de tecidos e acção de substâncias químicas em terminações nervosas).
Cicatrização – regeneração de alguns tecidos através de mitoses.
Resposta sistémica
Resposta que não se fica pelo local infectado, envolve todo o corpo.
Febre – aumento da temperatura corporal devido à produção de substâncias tóxicas por agentes patogénicos e de pirogénios, produzidos por glóbulos brancos.
Leucócitos – aumento do número em circulação.
Interferões
Proteínas produzidas por células infectadas ou linfócitos T activados, que se ligam à membrana citoplasmática de células e as estimulam a produzirem proteínas antivirais, que inibem a replicação do ácido nucleico do vírus.

Na imagem seguinte encontra-se um esquema da resposta inflamatória:



https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPXg_F_O8zHE5L6FM4upyV8sRoOBM-T2wC5lMupZlBSbfIirdbY38h21RG8v8P5iwKQu5ZSctGqphVoE2xFKJlfOAwd5h_iaryXrcSQyzFdvL5j8WqbWO9dyfWCUY_sJfGkZ9Pt0QGXN8/s1600/Sem+t%25C3%25ADtulo5.jpg


Resumindo a segunda linha de defesa numa única imagem:

http://image.slidesharecdn.com/2-defesasnoespecficas-150208143457-conversion-gate02/95/defesas-no-especficas-15-638.jpg?cb=1423410098


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Os leucócitos e a resposta imunitária

A função dos leucócitos e a defesa do organismo. Estes apresentam algumas caraterísticas que os tornam essenciais na resposta imunitária:

- Capacidade de circulação no sangue e fora dele, através da linfa intersticial;
- Capacidade de deformação e penetração entre as células da parede dos vasos capilares;
- Recetores à superfície da membrana (glicoproteínas específicas).


Quais os tipos de leucócitos que existem?

Nome
Descrição
Funções
Leucócitos ou glóbulos brancos
Granulares
(Possuem núcleo multilobado e grânulos citoplasmáticos específicos)
Eosinófilos ou Acidófilos
Fagocitose
Neutrófilos
Fagocitose
Basófilos
Resposta inflamatória
Agranulares ou hialinos
(Não se observam grânulos no citoplasma)
Linfócitos (B e T)
Papel fundamental na imunidade
Monócitos
Fagocitose
Diferenciam-se em Macrófagos

Tipos de leucócitos: linfócito, monócito, eosinófilo, basófilo e neutrófilo.

http://blogmedicina.com/wp-content/uploads/2012/12/preview_html_57433fd8_thumb.jpg


A fagocitose consiste na ingestão de um agente patogénico numa vesícula digestiva, que é depois ingerido com a ajuda de enzimas digestivas presentes nos lisossomas do leucócito. Os leucócitos com capacidade fagocitária têm o nome de fagócitos.

Um vídeo muito breve sobre a fagocitose.


Imunidade: inata e adaptativa

Como já foi referido, a imunidade consiste no conjunto de processos fisiológicos que permitem reconhecer, neutralizar e eliminar corpos estranhos ou anormais ao nosso organismo. Podem-se definir duas imunidades:

- Imunidade inata: presente em todos os seres multicelulares, consiste num conjunto de mecanismos de defesa não específica, cuja ação é geral e efetuada sempre do mesmo modo; apresenta uma primeira linha de defesa, de barreira física e química, e uma segunda linha, que atua após a entrada do agente estranho;

- Imunidade adaptativa: pertence apenas aos vertebrados, e é resultante de processos evolutivos, e que consiste numa defesa específica, de reconhecimento do corpo estranho, através de interações entre moléculas do agente e recetores das membranas celulares.

Estes mecanismos permitem responder à identificação de agentes estranhos no organismo e estão envolvidos na sua eliminação e também na eliminação de células alteradas ou envelhecidas.

Comparando as duas imunidades:

http://blogelseviersaude.elsevier.com.br/wp-content/uploads/2013/07/Robbins-Patologia-Basica-Imagem-do-Livro-2.jpg

domingo, 3 de maio de 2015

Reprodução nos Vírus e nas Bactérias

A grande diferença entre a reprodução viral e a reprodução bacteriana é a primeira ser dependente de células de um organismo hospedeiro para ocorrer, enquanto a segunda é autónoma.


Reprodução nos vírus

A reprodução viral ocorre apenas em células hospedeiras, quer estas sejam procariotas ou eucariotas. Os vírus utilizam organelos, enzimas e reservas bioquímicas da célula hospedeira para produzirem proteínas e ácidos nucleicos virais, que darão origem a novos vírus e podem levar à destruição da célula do organismo hospedeiro.

http://www.godisourfortress.com/science/wp-content/uploads/2012/04/chickenpox1.jpg


O processo de reprodução viral funciona da seguinte forma:
- O invólucro viral liga-se a recetores. As glicoproteínas do invólucro glicoproteico são reconhecidas e o conteúdo (a cápside e o DNA) penetram no interior da célula.
- O DNA viral é replicado e transcrito dentro do núcleo da célula hospedeira.
- O mRNA viral é traduzido num ribossoma da célula hospedeira, formando-se proteínas virais.
- O DNA viral e as proteínas virais organizam-se no citoplasma, obtendo-se um novo vírus, que pode agora abandonar a célula.

Para vírus com RNA em vez de DNA o processo difere.

Mais um pequeno vídeo, que explica como o vírus da gripe nos «utiliza como fábricas» na sua reprodução.



Reprodução nas bactérias

A reprodução nas bactérias é independente de outros seres e dá-se por divisão binária.


O DNA replica-se, a membrana celular começa a dividir a célula em duas, contendo, cada uma, a mesma quantidade de DNA. Ocorre a divisão do citoplasma. Finalmente, forma-se uma parede celular entre as duas membranas celulares. Estas duas células filha irão crescer e, mais uma vez, voltarão a dividir-se e assim sucessivamente.

http://leavingcertbiology.net/uploads/3/0/2/5/3025587/8719358.jpg?454

Vírus e Bactérias, que diferenças?

Embora ambos possam ser considerados agentes patogénicos, os vírus e as bactérias são seres muito diferentes entre si. Veja-se o seguinte quadro que sintetiza algumas dessas diferenças.

Vírus
Bactérias
Seres acelulares
Células procariotas
Possuem DNA ou RNA, protegido por uma camada proteica, a cápside
Possuem nucleoide (DNA circular não rodeado por invólucro) e algumas possuem também plasmídeos (DNA em anel)
Alguns apresentam um invólucro externo
Não possui organelos celulares
São dependentes de outras células para se reproduzirem e realizarem o seu metabolismo – parasitas intracelulares
São independentes na realização do metabolismo e reprodução.

Assim, enquanto o vírus é constituído apenas por uma cápside, um invólucro proteico, que envolve o ácido nucleico, podendo ter, ou não, um invólucro externo, as bactérias, sendo células procariotas, embora não possuam organelos celulares, contêm outras estruturas que lhes permitem ser independentes em termos metabólicos e reprodutivos.

Na imagem seguinte, observa-se a constituição de um vírus: o invólucro proteico, a cápside, protege o material genético. Existe ainda uma invólucro externo, com glicoproteínas.


http://chemistry.illinoisstate.edu/slweldo/keyForHIV/dreyfus/microbio3852.jpg

Como se referiu, as bactérias são mais complexas. Aqui se apresentam os seus componentes:

Componentes
Características
Cápsula bacteriana
Tem um aspeto gelatinoso, é rica em glícidos e moléculas proteicas. Tem função protetora e de defesa em relação a anticorpos, vírus e células fagocitárias.
Parede celular
Estrutura rígida composta por polissacarídeos e polipeptídeos. Confere forma à célula.
Flagelos
Auxilia o movimento.
Pili e Fímbrias
Estruturas proteicas, tubulosas e numerosas, muito mais curtas e finas que os flagelos. Permitem a fixação ao substrato e as trocas com o exterior.
Membrana celular
Membrana celular típica. Pode formar invaginações para o interior das células e constituir mesossomas, que contêm enzimas relacionadas com a respiração.
Material genético
Nucleoide de DNA circular, podendo também conter plasmídeos de DNA em anel.
Ribossomas e inclusões
No citoplasma, encontram-se ribossomas e grânulos de reserva.

Nesta imagem, podem-se observar os vários componentes da célula procariota.

http://philschatz.com/biology-book/resources/Figure_04_02_01.jpg

Imunidade e Controlo de Doenças

Neste novo período, o tema da unidade é «Imunidade e Controlo de Doenças». O objetivo desta unidade é compreender como é possível sobrevivermos num mundo em que estamos rodeados de microrganismos causadores de doenças. A respostas encontra-se no nosso sistema imunitário.

O que é o Sistema Imunitário?

O sistema imunitário é o conjunto de órgãos, tecidos e células que nos defendem de agentes estranhos.


A que se referem os agentes estranhos/ agentes patogénicos?

Agentes patogénicos são agentes causadores de doenças, tais como, bactérias, vírus, fungos, protistas. Os agentes patogénicos têm a capacidade de ultrapassar as barreiras do nosso organismo, penetrando os nossos tecidos, resistir às tentativas de neutralização por parte do sistema imunitário, multiplicar-se dentro do nosso organismo e destruir tecidos do mesmo.


Os microrganismos patogénicos propagam-se através da água, ar, alimentos, por contacto, por picada de animais e a através de relações sexuais.


Seguidamente encontra-se um pequeno vídeo, que faz uma breve introdução ao sistema imunitário.


terça-feira, 10 de março de 2015

Reflexão do 2º período

Este portefólio já me acompanha há quase 5 anos. Tem acompanhado o meu crescimento, passando, por isso, por diversas fases:

  • A fase do desconhecido em que, enquanto me ambientava a um novo ciclo, e a um novo leque de professores, colegas e responsabilidade me aventurava a conhecer o «blogger» e dava, aqui, os meus primeiros passos;
  • A fase da exploração, a meio do 3º ciclo, em que o tempo livre era muito, e podia dedicar bastante tempo a procurar a imagem/ vídeo perfeito, a criar os meus desenhos e os meus esquemas;
  • A fase da estabilização, no 9º ano: já sei como funciona o ciclo, já sei como funciona o «bogger» e como eu trabalho em ambos, fazer um post torna-se um processo mecânico, experiente e fácil;
  • A fase da expansão, o entrar no ensino secundário, aperceber-me do mundo científico que existe fora da escola, a procura de informação às fontes da mesma, a tentativa de sistematizar, tornar mais simples conceitos que ia descobrindo;
  • A fase sistemática, da falta de tempo, principalmente 11º ano, que me obrigava a exceder-me na organização para manter o portefólio atualizado;
  • A fase do esquecimento, 12º ano, em que o deixar de ser obrigatório, me levou a negligenciar esta ferramenta.
Se por um lado um portefólio exige muito trabalho, por outro não podia estar mais orgulhosa da forma como ele está, das imperfeições do início, das ideias desenvolvidas, da facilidade com que agora me expresso através dele. Foi, por isso, com grande alegria que ouvi a minha professora a aplicar a obrigatoriedade dele outra vez, felicidade porque assim sou obrigada a continuá-lo, algo que queria muito fazer, mas que, por preferir dedicar-me a outras atividades, acabei por deixar de lado durante o 1º período.

Neste período não posso deixar de afirmar que foi tudo feito com alguma pressa, infelizmente devido à falta de tempo relacionada com as várias atividades que desenvolvi durante este período paralelamente à escola. Mesmo assim, espero ter conseguido incluir tudo o que demos de uma forma interativa e interessante.

A unidade deste período, a genética, foi das unidades mais interessantes que já estudei. Talvez por estar muito em voga, ou apenas porque tem tanto a ver connosco, a possibilidade de poder manipular o DNA afigura-se-me muito entusiasmante.

Resta-me desejar umas boas férias a todos e... até ao próximo período!

Imagem: http://www.npr.org/