Nos dias 28 de janeiro e 4 de
fevereiro assistiu-se, na sala 30 do Colégio Vasco da Gama, ao filme «Living
proof», produzido por Neil Meron, Vivienne Radkoff, Craig Zadan, Renée
Zellweger e dirigido por Dan Ireland em 2008.
«Living Proof», que pode ser traduzido
para «Uma oportunidade para viver», é a narrativa de uma história verídica, a
da investigação científica de Dr. Dennis Slamon, que se inicia na UCLA, Centro
Médico da Universidade da Califórnia, em 1988, e termina já em 1998 quando o
fármaco por si desenvolvido para o tratamento do cancro da mama, Herceptin, é
finalmente aprovado. Ao longo do filme observam-se as etapas de uma
investigação científica, a persistência e o esforço que lhe são inerentes, as
contrariedades mais relevantes, as motivações essenciais ao seu desenvolvimento
e a história das pacientes que contribuíram para que o fármaco fosse aprovado.
Após o visionamento do filme, foi-nos pedido que desenvolvêssemos um relatório de reflexão acerca do filme. Como o relatório ainda é longo, deixo apenas as conclusões que tirei:
Após o visionamento do filme pode-se
concluir o seguinte:
·
A
multidisciplinariedade na investigação científica é essencial para o
desenvolvimento de novos fármacos, como neste caso se observou com o aliar da
medicina à biotecnologia;
·
Uma
investigação científica compreende diversas fases, que devem estar devidamente
planeadas, quer para maximizar o tempo da investigação, quer para mais
facilmente o investigador e o investidor obterem resultados;
·
A
motivação pessoal influencia a investigação científica, o que não significa que
o seu impacto seja sempre negativo: embora retire alguma objetividade ao
trabalho investigativo, é necessária para que o investigador tenha paixão pelo
que faz e, assim, se dedique inteiramente àquilo a que se propôs; é também
muitas vezes a única forma de persuadir quem detém o poder, de modo a que estes
não impeçam o prosseguir da investigação;
·
A
investigação científica só é possível com investimento pessoal e monetário: o
investimento pessoal do investigador, que dedica vários anos ao mesmo projeto,
repetindo, estudando, reformulando, sempre na incerteza do sucesso e do
financiamento; o investimento monetário que sofre também a incerteza do sucesso,
e cuja falta impede o trabalho investigativo;
·
A
investigação científica permite o desenvolvimento de novos tratamentos
inovadores que podem trazer esperança e cura a doentes: as opções para uma
paciente com cancro da mama eram muito limitadas e a esperança de sobreviver ou
de ter uma boa qualidade de vida durante o período de tratamento eram vagas; o
novo fármaco desenvolvido trouxe de novo esperança e possibilidade de cura a
centenas de pacientes que não a tinham;
·
As
dificuldades inerentes a uma investigação científica, não só as monetárias já
referidas, mas também as psicológicas, que intervêm na motivação ou
desmotivação do investigador, relacionam-se diretamente com o seu empenho na
investigação.
Na minha opinião, o filme estava muito
bem estruturado, abordando as diversas fases de uma investigação científica,
mas não esquecendo a parte humana associada a uma investigação que pretende melhorar
as condições de vida de seres humanos.
O trailer do filme:
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