Como já vimos anteriormente, uma mutação é uma alteração
permanente no genoma de um indivíduo. O agente responsável por uma mutação é um
agente mutagénico. O processo que conduz ao aparecimento de uma mutação é uma
mutagénese.
Uma mutação pode dar origem a um cancro. Um cancro, tumor
maligno ou neoplasia maligna é um conjunto heterogéneo e multifatorial de
doenças relacionadas com o crescimento de um tecido neoformado que resulta,
normalmente, de uma alteração no equilíbrio dos mecanismos que regulam a
divisão celular e a morte celular (apoptose).
É importante referir que a morte celular programada
geneticamente, e que não causa inflamação, tem o nome de apoptose, pois também
existe outro tipo de morte celular, a necrose, que resulta de agentes
ambientais e que provoca inflamação.
Necrose vs Apoptose. Fonte da imagem: http://medicinembbs.blogspot.pt/
O cancro pode afetar tantos os mecanismos de proliferação
celular, como os mecanismos de apoptose. Se afetar os mecanismos de divisão
celular, está associado a dois genes:
- Proto-oncogenes, genes que estimulam a divisão celular e se encontram, normalmente, inativos. O cancro ativa-os, passando estes a permitir a divisão celular permanente, e passando a chamar-se oncogenes;
- Genes supressores tumorais, genes que inibem a proliferação celular e se encontram, normalmente, ativos. O cancro inativa-os, passando a ser possível a proliferação celular permanente.
Khan Academy - Proto-oncogenes e genes supressores tumorais
Embora a formação de células neoplásicas no nosso organismo
seja frequente, os mecanismos de apoptose conseguem detê-las antes que se
desenvolvam. Só quando se estabelecem células geneticamente modificadas é que
se passa a dizer que existe um cancro. Este inicia um processo de proliferação
para as células circundantes, indo depois em deslocação pela corrente sanguínea
e linfática, afetando outros tecidos, chamando-se a este processo metastização.
Imagem: início do processo de metastização (http://legacy.hopkinsville.kctcs.edu)
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