Universo: Tudo o que existe, dentro e fora da Terra, é imensamente grande e também o podemos chamar de Cosmos.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Relatório do filme: A Ilha

Depois de visualizarmos o filme «A Ilha» foi-nos pedido que realizássemos o relatório do mesmo.



Aqui ficam algumas partes do meu relatório



O filme «A Ilha», no original «The Island», de Michael Bay, escrito por Caspian Tredwell-Owen, Alex Kurtzman e Roberto Orci, realizado em 2005, foi visionado na sala 22 do Colégio Vasco da Gama, nos dias 22 e 23 de Outubro de 2013.

O filme foca o tema da clonagem que, no caso de clonagem de seres vivos, é um processo em que se obtém um ser geneticamente igual ao ser vivo clonado. Embora este seja um processo natural na reprodução assexuada, pois o próprio organismo divide-se por mitose, originando seres iguais a si (clones), o tema do filme é a clonagem artificial humana para captação de órgãos e os problemas éticos que podem resultar desse facto relacionados com a liberdade, dignidade, identidade e autonomia.

No ano de 2019, a apólice de seguros é substituída por um clone nosso (agnado), do qual pode ser retirado qualquer órgão necessário. Mas, apenas os responsáveis pelo processo conhecem a história verdadeira: os agnados pensam que são sobreviventes de uma catástrofe que contaminou a Terra, sendo o seu objetivo esperar pela sua ida para a «Ilha»; os sponsors (donos dos agnados) pensam que os seus clones se encontram em estado vegetativo e que não pensam nem sentem qualquer dor. Até que os agnados desenvolvem uma caraterística humana essencial: a curiosidade.

A engenharia genética poderá trazer progressos enormes para a ciência, tais como clonar órgãos ou mesmo um ser humano eficazmente, de tal forma que este desenvolva as caraterísticas únicas ao ser humano. Mas, se não regulada, esta evolução poderá ser usada de forma desumana, à medida que o ser humano vai perdendo o respeito pela dignidade e liberdade de seres iguais a ele, mas clonados, considerando-os meros meios para atingir os seus fins e não como fins em si mesmo. Poderemos chegar assim a um período horroroso da nossa história, em que criaremos seres humanos apenas para os matar e aproveitar os seus órgãos, não sentido qualquer sentimento de culpa.

A curiosidade humana é uma caraterística tão essencial e fundamental que será quase impossível perdê-la. Esta curiosidade, que tem sido sempre o primeiro passo para as novas descobertas e para a evolução, será também uma forma importante de detetar os erros na sociedade. Se se perguntar «Porquê?», investigar em profundidade e não se desistir, chegar-se-á à verdade.

O amor é outra caraterística que, mesmo abafada e proibida, assim que há um pouco de espaço, se desenvolve de forma incrível. Considerado no filme como a verdadeira «Ilha», é aquilo que, sem o qual, por mais que a vida do ser humano esteja totalmente preenchida ao nível profissional e pessoal, nunca se sentirá completo.

Na minha opinião, o filme retrata muito fielmente um cenário desastroso do uso da clonagem, mas também a esperança de uma reviravolta. Gostei muito do filme pois levou-me a refletir sobre a ética e a ciência e o que pode acontecer quando as duas se confrontam.

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